Um dia em conversa com o senhor Mavignier Carneirinho lá no Ramalhete, ele mim pergunta a qual família eu pertencia, e eu lhe respondi prontamente que mesmo não sendo nome de família eu era Boeiro, pois é assim que somos conhecidos, sou neto do senhor Antonio Boeiro e filho do Senhor Vicente Boeiro. Para quem não sabe Boeiro é apenas um apelido não é nome de família. Nessa ocasião o senhor. Mavignier me disse que os Boeiros eram descendentes dos Boés uma tribo africana na qual ele já teria até visitado em uma de suas viagens pelo mundo como palestrante, como também teria visitado a tribo famosa dos Cambeças. Não sei se os cambeças daqui, também são descendentes dos Cambeças de lá. Sabendo dessas informações recorri a internet para saber de maiores detalhes, se eu descendia realmente dessa tribo como assim dizia ele. Se assim fosse tinha de haver em qualquer outro lugar do Brasil outros Boeiros, que assim como nos também teriam vindos da África da mesma tribo de Boés, da qual ele falou que éramos descendentes, pois era muito comum a vinda desses negros nos navios negreiros da época.
Depois de tanto vasculhar nada encontrei pondo fim assim a teoria de meu amigo Mavignier, de que os Boeiros eram descendentes da tribo dos Boés, mas, com a curiosidade ainda mais aguçada sobre a origem desse nome, procurei conversar com meu amigo e historiador Leonardo Pildas e a conclusão mais viável a que chegamos é que os boeiros são na verdade os negros que desenvolveram a goma da mandioca e que por serem livres, sobreviviam de seu próprio trabalho podendo ate comercializar seus produtos, tais como: a broa, a goma e a palma, espécie de broa que deu origem ao segundo nome da nossa querida cidade.
E esses negros eram chamados de Broeiros, ou seja, Fulano de Tal Broeiro, Zé dos Anzóis Broeiro, e assim por diante ate que tiraram o “r” dos Broeiros reduzindo o nome para Boeiros, nome pelo qual são conhecidos ate hoje. Essa é a conclusão mais obvia do nome de Boeiros, que em qualquer outro canto do mundo não existem, só existem mesmo aqui em nossa cidade, uma exclusividade Coreauense.
Benedito Gilson Ramos "Manchão"
Fonte: Blog Varzea Grande
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